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Ampliação de ETE em Indaiatuba/SP permitirá o município tratar 100% do esgoto

A ETE terá tratamento terciário e produzirá água de reúso

 

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O Município de Indaiatuba apresentou no último dia 22 de março, em coletiva de imprensa, as obras de ampliação do ETE Mário Araldo Candello, inaugurada em 2010. Em fevereiro de 2017, teve início a obra de adequação e ampliação, que permitirá ao município tratar 100% de todo o esgoto coletado na área urbana da cidade, e o rio Jundiaí irá receber de volta, uma água com muito mais qualidade.

Estiveram presentes ao anúncio o prefeito de Indaiatuba, Nilson Gaspar, o superintendente do Saae, Sandro Coral, o gerente da Cetesb de Jundiaí, Domênico Tremaroli, a diretora de planejamento do Saae, Vanessa Kühl, o coordenador de projetos do Consórcio PCJ, José Cézar Saad, o vereador Jorge Luis Lepinsk (Pepo) e o engenheiro Eiki Junges Higaki, representando a Construtora Elevação que é a responsável pela obra de ampliação da ETE MAC. Na coletiva, Gaspar ressaltou a importância da obra para o desenvolvimento de Indaiatuba.

A ETE utiliza um dos mais avançados métodos de tratamento de esgoto do mundo: o biológico, pelo processo de lodos ativados por aeração prolongada com ar difuso, cuja finalidade é introduzir ar atmosférico na massa líquida e, dessa forma, possibilitar a multiplicação das bactérias que se alimentam da matéria orgânica existente no esgoto e que utilizam oxigênio no processo metabólico. A eficiência mínima será de 95% na remoção de DBO, com remoção simultânea de nitrogênio e um sistema de dosagem de cloreto férrico para remoção de fósforo.

Desinfecção do efluente por hidróxido de sódio

Hoje, sua capacidade máxima de tratamento é de 1000 litros por segundo, com uma carga orgânica de 200 DBO5 mg/l. Após as obras, sua vazão máxima de tratamento será ampliada para 1320 L/s e uma carga orgânica diária estimada em 458 DBO5 mg/l.

Das quatro lagoas hoje existentes, duas serão adequadas para implantar o sistema de aeração, e uma nova lagoa será construída nesta primeira etapa.

A ampliação também contempla o modelo de tratamento terciário através de desinfecção do efluente por hidróxido de sódio, e utilização de membranas ultra filtrantes no processo de produção de água de reúso. O resultado do tratamento será um produto que poderá ser utilizado por empresas para finalidade não nobre.

Nesta primeira etapa serão investidos aproximadamente R$70 milhões, com recursos provenientes do Saae, Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro) e do Programa de Despoluição de Bacias Hidrográficas (Prodes), da Agência Nacional de Águas (ANA).

No fim dessa obra, Indaiatuba aumentará ainda mais a sua contribuição para a despoluição dos rios Jundiaí e Tietê, além de trazer mais qualidade de vida para todos os moradores da bacia.

O tratamento de esgoto nas Bacias PCJ

Quando o Consórcio PCJ foi fundado, em 1989, apenas 3% do esgoto coletado era tratado nas Bacias PCJ. Atualmente, esse índice saltou para 72% graças aos investimentos que os municípios da região têm realizado nos últimos anos. O Consórcio PCJ auxilia os associados nessa área por meio dos Programas de Saneamento e Resíduos Sólidos, e do Planejamento e Sustentabilidade para a Ampliação das Disponibilidades Hídricas. A entidade mantém dois grupos técnicos permanentes: o Grupo Regional de Combate às Perdas Hídricas e o Grupo de Eventos Extremos.

Fonte: Consórcio PCJ

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