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Duas empresas catarinenses se unem para despoluir a Beira Mar Norte

O consórcio formado pelas empresas Fast – Indústria e Comércio (de Capinzal, SC) e a CFO – Construtora Fonseca e Oliveira Ltda (de Florianópolis) vão executar a obra de recuperação da balneabilidade ao longo da Avenida Beira Mar Norte, em Florianópolis.

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As duas empresas catarinenses se uniram para apresentar a proposta – ao custo de R$ 17 milhões – para executar o projeto e a obra que vai tornar balneável a praia entre a Guarnição de Buscas e Salvamento do Corpo de Bombeiros (próximo à ponte Hercílio Luz) e a Ponta do Coral. Em janeiro, será assinada a Ordem de Serviço, de modo que a obra possa ser entregue à população ainda em 2018.

Semelhante ao processo que está ajudando a recuperar o Rio do Braz, no Norte da Ilha, a ação voltada à Baía Norte está focada no controle dos poluentes conduzidos pela rede de drenagem (a rede de águas das chuvas).

O Termo de Referência contempla a instalação de uma Unidade Complementar de Recuperação Ambiental (URA) junto à Estação Elevatória da CASAN na Avenida Beira-Mar (área conhecida como Bolsão). A URA Beira-Mar vai tratar a água contaminada da rede de drenagem e lançar ao mar efluente livre de coliformes fecais. O equipamento terá capacidade de tratar até 150 litros por segundo, o equivalente a quase 13 milhões de litros por dia.

Cada uma das saídas da rede de drenagem pluvial (tubulações de cimento) receberá um sistema próprio de captação e bombeamento. Serão, assim, cerca de 15 a 20 pequenas estações elevatórias conduzindo a mistura de chuva com esgoto até a URA Beira-Mar. Desinfetada e clarificada, a água será lançada na Baía Norte.

Poluição da Baía é localizada

Apesar de a área central de Florianópolis contar com 100% de rede de coleta e tratamento de esgoto, diferentes fatores ainda causam a poluição da praia. Entre eles, a ocupação desordenada e o alto adensamento urbano. Para agravar, CASAN e Prefeitura estimam que cerca de 50% dos imóveis da região apresentam alguma irregularidade na instalação com a rede pública de esgoto.

Esse conjunto de fatores faz com que os canais pluviais arrastem com a água da chuva uma alta carga de esgoto, gerando a contaminação que impede o banho de mar na zona mais populosa da Capital. A rede de esgoto instalada na região resolve a questão sanitária, mas não permite a balneabilidade da praia.

Análises realizadas pelo Laboratório de Efluentes da CASAN mostram que a aproximadamente 200 metros da areia da praia a água já se apresenta dentro dos parâmetros de balneabilidade da FATMA. Essa boa condição da água comprova que a poluição da Baía está concentrada, localizada junto às galerias de água da chuva. “Solucionado estes focos, a balneabilidade poderá ser recuperada”, diz o engenheiro Alexandre Trevisan, da Gerência de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da CASAN.

Fonte: Casan.

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