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Aumento da extração coloca níveis de água subterrânea em risco e ameaça a vitalidade dos ecossistemas

O aumento da extração de água subterrânea nas últimas décadas resultou no afundamento de lençóis freáticos em todo o mundo.

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Em todo o mundo, os leitos dos rios estão quase secando – especialmente em regiões nas quais a água subterrânea foi extraída por muitos anos. Foto: George – stock.adobe.com

A água subterrânea é a maior fonte de água doce do mundo e é de vital importância para a produção de alimentos.

Um estudo realizado pelo hidrologista Dr. Inge de Graaf, do Instituto de Ciências da Terra e do Meio Ambiente da Universidade de Freiburg, mostra que quase 20% das bacias hidrográficas onde a água subterrânea é bombeada sofrem com um fluxo de córregos e rios que é baixo demais para sustentar suas águas. Espera-se que esse número aumente para 50% até 2050.

“Os efeitos já podem ser vistos no Centro-Oeste dos Estados Unidos e no projeto do Vale do Indo, entre o Afeganistão e o Paquistão”, explica Graaf.  Os resultados de seu estudo foram publicados na edição atual da revista Nature.

O trabalho, em cooperação com a Universidade de Utrecht, o Instituto da Água Deltares, na Holanda, e a Universidade de Victoria, no Canadá, é o primeiro a simular as águas subterrâneas e os rios como sistemas interligados em nível global e, assim, mostrar os efeitos das mudanças globais.  Os pesquisadores usaram um modelo hidrológico global para calcular a entrada de água subterrânea na rede mundial de córregos e rios ao redor do mundo.

Consequências do bombeamento de água subterrânea 

“Se continuarmos a bombear tanta água subterrânea nas próximas décadas quanto fizemos até agora, um ponto crítico será alcançado também para regiões do sul e centro da Europa – como Portugal, Espanha e Itália – e também para países do norte da África “, diz De Graaf.

Também estão em risco áreas onde o abastecimento de água subterrânea permaneceu relativamente constante, mas os rios não são mais capazes de manter ecossistemas saudáveis. Os pesquisadores estimam que, até 2050, entre 42 e 79% das regiões onde as águas subterrâneas são extraídas terão atingido seus limites.

“As mudanças climáticas podem até acelerar esse processo, pois esperamos menos precipitações, o que aumentará ainda mais a extração de águas subterrâneas e fará com que as áreas secas sequem completamente”, diz Graaf.

Aumento do uso das águas subterrâneas

Desde a década de 1960, o aumento da temperatura tem visto a demanda por água para seres humanos, animais e plantas crescer tão rápido que houve um rápido aumento no uso das águas subterrâneas em todo o mundo. De Graaf ressalta que mais água subterrânea é bombeada do que a chuva cai. É impressionante como os ecossistemas de água doce são sensíveis a uma queda relativamente pequena no nível das águas subterrâneas.

As previsões do estudo vão para o ano 2100: “Os resultados mostram que a extensão da extração de águas subterrâneas geralmente só se torna visível décadas depois”.

Fonte: ECOdebate.

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