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Reúso pode gerar economia de até 50% na conta de água

Para a Opersan, especializada em soluções ambientais para o tratamento de águas e efluentes, além da redução de custos, o processo pode driblar uma nova crise hídrica no País

reuso

A baixa quantidade de chuva registrada nos últimos meses, tem deixado os brasileiros em estado de alerta, com receio da chegada de uma nova crise hídrica, assim como a que aconteceu há quase quatro anos em São Paulo. E o Sistema Cantareira, que abastece as cidades da Grande São Paulo, é um bom reflexo de que esta suspeita tem fundamento, já que o principal reservatório localizado na capital paulista está operando com menos de 40% da sua capacidade, de acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

“Após a crise hídrica de 2014 e 2015, o reúso começou a ser mais procurado, principalmente, pelas indústrias. O crescimento foi notório, porém aquém do necessário para evitar novos períodos de racionamento. Precisamos quebrar alguns paradigmas ainda predominantes na população, só assim o público empresarial e urbano entenderá que o reúso é um processo viável, que pode oferecer redução de até 50% dos custos com a água, ganho de produtividade, além de ser uma maneira de preservar os recursos naturais do planeta”, explica Diogo Taranto, Diretor de Desenvolvimento de Negócios da Opersan, especializada em soluções ambientais para o tratamento de águas e efluentes.

No Brasil, o consumo médio de água por pessoa é de 154,1 litros por dia. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 110 litros de água é o suficiente para atender as necessidades básicas de uma pessoa. Porém, hoje, mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso a água tratada, aponta levantamento do Instituto Trata Brasil. O estudo revela ainda que na região Norte do País, apenas 55,37% da população é abastecida com água tratada, já na região sudeste, este número se eleva para 91,24% das pessoas.

“Indústria pode consumir quase 11 mil litros de água”

De acordo com a Opersan, uma indústria pode consumir quase 11 mil litros de água na fabricação de apenas uma calça jeans e 2.500 litros para a produção de uma camisa de algodão, por exemplo. Para Taranto, estes exemplos mostram o quanto o reúso de água pode ser uma solução plausível para reduzir o consumo da água fornecida pelas concessionárias.

“Quando falamos das empresas, notamos que muitas ainda não investem em reúso de água por falta de informação. Atualmente, há tecnologias adequadas para companhias de todos os portes e segmentos. Os benefícios da reutilização são enormes e precisam ser mais difundidos entre a população e a iniciativa mais apoiada pelo governo. Regulamentar o processo com base na criação de leis que definissem as aplicações seria um bom começo. Acredito que se aqueles que apostassem no reúso fossem estimulados com incentivos fiscais, por exemplo, o número de interessados cresceria exponencialmente”, explica o executivo.

Além do reúso, investimentos são imprescindíveis para evitar a seca no País. “No Brasil, as redes de distribuição de água potável são muito antigas e com pouco controle de perdas. Investir em infraestrutura de novas redes e, principalmente, no controle e gestão de avarias faria com que os recursos fossem utilizados de forma mais adequada. Existem estados no País que a cada m³ tratado, somente metade chega ao consumo, o que reflete um percentual de perda de 50%. No estado de São Paulo, este número gira em torno de 25%”, destaca Taranto.

“As obras realizadas no Cantareira desde o último período de crise hídrica, devem sustentar o consumo de água nas regiões abastecidas pelo sistema até o próximo período de chuvas, esperado para 2018 ainda. Contudo, se o índice pluviométrico permanecer baixo, o racionamento não deverá ser descartado na região”, finaliza o especialista.

Sobre o Grupo Opersan

Com mais de 30 anos de experiência, o Grupo Opersan é especializado em soluções ambientais para o tratamento de águas e efluentes, oferecendo ao mercado um portfólio de serviços que engloba a elaboração de projetos, construção, operação e manutenção de unidades dedicadas, bem como a realização de tratamentos de diversos tipos de efluentes em suas próprias estações.

Com mais de 1000 clientes ativos de diferentes portes, segmentos e localidades, conta com as certificações ISO 9001, ISO 14001 e ISO/IEC 17025. O Grupo aposta em soluções customizadas, ambientalmente sustentáveis e economicamente vantajosas para atender às necessidades do mercado corporativo. Entre os princípios da empresa, está a realização dos negócios de maneira transparente e profissional, acreditando na condução ética e responsável das suas atividades.

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