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Tecnologias de economia de água da Ford reduzem o consumo em 49 milhões de litros

O anúncio de economia de água coincide com o Dia Mundial da Água das Nações Unidas

 

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As tecnologias de economia de água na planta de montagem da Ford em Chicago, implementadas ao final de 2016, ajudaram a unidade a reduzir o consumo de água em 49 milhões de litros no ano passado, e o fabricante espera que esse número seja significativamente maior em 2017 após um ano completo de uso.

A Ford implementou dois projetos na planta no ano passado: um aumento do reúso de água no sistema de pré-tratamento da planta e a adição de uma eletrólise “side-stream” (abrandamento de água) na torre de resfriamento para remover cálcio e magnésio.

“Pode ser uma surpresa saber quanta água as plantas automobilísticas usam realmente”, disse Rhonda Turner, engenheira de controle ambiental da planta. “Só no mês passado, usamos 17 milhões de galões (64 milhões de litros), portanto, é realmente benéfico para nós encontrar métodos inovadores de economizar água”.

A Ford não comentou quanto foi gasto nas iniciativas de gerenciamento de água da planta, nem quando espera ter um retorno do investimento.

O anúncio de economia de água, feito hoje (22/03) pela empresa, coincide com o Dia Mundial da Água das Nações Unidas.

Pré-tratamento e torres de resfriamento

Um grande consumo de água na planta é nos banhos de pré-tratamento – aonde o metal é tratado antes de ser pintado. A empresa colocou instrumentos em cada banho para monitorar continuamente o transbordamento quando são reabastecidos, como parte do processo de pré-tratamento, ou na limpeza semanal. O sistema é pré-ajustado para reabastecer em um certo ritmo, e os instrumentos enviam um e-mail de alerta instantâneo para os engenheiros do processo de pintura se há alguma mudança no processo. Anteriormente, isso levava um par de dias.

Outro grande consumo de água na indústria automobilística vem das torres de resfriamento. O programa de tratamento de água para torre de resfriamento utiliza equipe especializada, tecnologias químicas e mecânicas efetivas e, sempre ligado, um equipamento de controle automatizado para prover um tratamento de água efetivo e minimizar o make-up de água e o uso de químicos.

Na planta de Chicago um novo sistema de eletrólise “side-stream” foi instalado em uma das maiores torres de resfriamento, eliminando contaminantes e permitindo que a planta use a água por mais tempo.

Adicionalmente, a planta está desenvolvendo um processo inovador que visa reutilizar até 90% da água usada no processo de pré-tratamento, reduzindo a necessidade de usar a água da cidade de Chicago, diz a Ford.

O CDP concedeu à Ford um grau “A” por seus esforços no gerenciamento da água

No final do ano passado a Ford anunciou a sua estratégia atualizada de água na fabricação, a qual estabelece uma redução adicional de 30% no uso da água por veículo de 2015 a 2020, junto com uma meta ambiciosa de longo prazo de uso zero de água potável na fabricação.

A empresa já alcançou sua redução na água – a Ford economizou 38 bilhões de litros de água de 2000 a 2015, uma redução de 61% – implementando novas tecnologias tais como o seu processo “3-wet paint” e quantidade mínima de lubrificante ou usinagem quase seca, que economizam centenas de milhares de litros de água por ano.

A Ford também atua junto aos seus fornecedores para reduzir o seu consumo de água e diz que eles estão no caminho para economizar cerca de 2 bilhões de litros de água nos próximos cinco anos, segundo dados coletados em 2016.

Devido a essas e outras estratégias para economizar água, o Carbon Disclosure Program (CDP) concedeu à Ford um grau “A” por seus esforços no gerenciamento da água – é uma entre apenas 24 empresas entre 600 a receber um “A” e uma entre apenas duas empresas nos Estados Unidos a receber a maior nota em gerenciamento de água.

“A Ford, que está na nossa lista A pelo segundo ano consecutivo, tem, por exemplo, uma nova meta de cortar em 72% o uso de água por veículo nos próximos quatro anos, comparando com 2000”, disse Lance Pierce, Presidente do CDP América do Norte.

“Eles conduzem avaliações de risco abrangentes por todas as suas operações diretas e fornecedores, usando ferramentas tais como a Global Water Tool e Aqueduct para determinar quais unidades estão localizadas em regiões de escassez de água, agora e em 2025”.

Fonte: Environmental Leader

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