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Tratamento por ultravioleta: norma NSF/ANSI 55

A norma NSF/ANSI 55 foi estabelecida para verificar a efetividade dos sistemas de tratamento microbiológico da água com ultravioleta

 

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A utilização da tecnologia de ultravioleta (UV) para o tratamento de água potável pública tem sido um método bem-sucedido de desinfetar e reduzir a abundância de microrganismos na água. O princípio básico da tecnologia UV é baseado nas propriedades do espectro eletromagnético da luz e na energia que ela transmite. Certos comprimentos de onda têm a capacidade de penetrar microrganismos que estão presentes na água. A pesquisa científica mostrou que o comprimento de onda ideal para penetrar microrganismos é 265 nm, que cai dentro da faixa de luz ultravioleta do espectro eletromagnético.

Como o tratamento por UV funciona

A tecnologia ultravioleta expõe a água à luz UV fazendo-a passar por um reator de UV, que permite o tempo de contato necessário entre a água e a luz UV para o tratamento ser eficiente. A combinação do tempo de contato e a concentração de energia produzida por uma fonte de luz UV pode ser descrita como dose de UV.

Quando os microrganismos presentes na água são expostos à dose certa de UV, isso induz uma mudança genética de dentro. A luz UV funciona então como uma energia de desabilitação dentro do microrganismo. O resultado é que os microrganismos ficam incapazes de replicar, o que essencialmente os torna inofensivos e assim desinfeta a água.

Dado que a desinfecção é imperativa no tratamento da água potável, é importante ter um método para monitorar as unidades de tratamento que alegam ser capazes de tratar a água usando tecnologia UV. Em resposta a isso, a norma NSF/ANSI 55 foi estabelecida para verificar a efetividade dos sistemas de tratamento microbiológico da água com ultravioleta.

Norma NSF/ANSI 55: Sistemas de Tratamento Microbiológico da Água com Ultravioleta

Essa norma distingue duas classes de sistemas, chamadas A e B.

Os sistemas Classe A são projetados para inativar e/ou remover microrganismos da água contaminada. Os microrganismos importantes para inativação incluem bactérias, vírus, oocistos de Cryptosporidium e cistos de Giardia. A água que tem contaminação óbvia ou vem de uma fonte intencional, tal como esgoto bruto, não está na abrangência dos sistemas Classe A. Como resultado, os sistemas Classe A não são planejados para converter efluentes em água potável. Para ter uma dose ótima de UV, a água planejada para ser tratada com sistemas Classe A deve ser visualmente clara (baixa turbidez, nem turvo ou colorido).

Os sistemas Classe B são projetados para tratamento bactericida suplementar de água potável pública desinfectada ou outra água potável que foi testada e considerada aceitável para consumo humano pelas agências de saúde com jurisdição estadual ou local. Esses sistemas são projetados somente para a redução de microrganismos incômodos não patogênicos de ocorrência natural, não para desinfecção de água microbiologicamente insegura. Dado que os sistemas Classe B não são projetados para desinfecção, não se devem fazer alegações quanto a efeitos de saúde microbiológica, nem quanto a cistos, individuais ou gerais.

Requisitos

Deve ser notado que a NSF/ANSI 55 só se refere a sistemas de mercúrio de baixa pressão. Esses sistemas têm a capacidade de emitir uma saída de espectro de 253,7 nm, um comprimento de onda bem próximo dos 265 nm, comprimento de onda ótimo para para inativação microbiológica.

Os sistemas Classe A e Classe B apresentam requisitos rígidos para serem certificados conforme a NSF/ANSI 55. Ambos sistemas precisam ser avaliados quanto a integridade estrutural se estão conectados a suprimento de água pressurizado. Adicionalmente, há requisitos rigorosos de segurança para avaliar todos os materiais que entram em contato com a água potável.

Outro requisito para ambos sistemas é a necessidade de um restritor de vazão para garantir a dose efetiva de UV ao longo do processo de tratamento de água.

Uma diferença nos requisitos para os dois tipos de sistemas é que o sistema Classe A requer um sensor e alarme para notificar quando não está operando de maneira satisfatória para fornecer água potável limpa. O sensor e o alarme são necessários uma vez que os sistemas Classe A requerem uma maior dose de UV do que os sistemas Classe B. Outras similaridades e diferenças nos requisitos para os sistemas de UV Classe A e Classe B podem ser vistos na figura abaixo.

 

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Importância da certificação por terceira parte

A qualidade da água potável pode variar de um local para outro, assim a confiança nas normas publicadas para proteger o público de água potável contaminada é de máxima importância. A tecnologia UV pode desempenhar um importante papel na desinfecção da água para fornecer água potável limpa. Assim sendo, é particularmente importante que o monitoramento da efetividade da tecnologia UV seja derivado de ciência confiável e metodologias de teste exigentes. Os princípios científicos por trás da NSF/ANSI 55 dão a segurança que a tecnologia de UV está sendo criticamente monitorada para fornecer água potável e limpa.

Nota: artigo de autoria de Michael Sheffield, Senior Technical Reviewer na NSF International

Fonte: Water Conditioning & Purification Magazine, adaptado por Portal Tratamento de Água – www.tratamentodeagua.com.br

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